terça-feira, 23 de março de 2010

Para Refletir

A partir do momento em que o sujeito entra em contato com o estudo da língua, há o questionamento de duas posições distintas no âmbito dos estudos da linguagem. Trata-se do objeto de estudo de um pensamento tradicional e do objeto de estudo de um Linguísta.
Para os leigos no assunto, pode-se pensar que ambas as áreas tratam dos mesmos assuntos e que ambas tem a função de estudar um único objeto. Porém, os dois papéis assumem posições distintas no âmbito dos estudos da linguagem.
Para um gramático ou pensamento tradicional leva-se em consideração a prescrição, as normas que regem a composição de uma dada língua estudada, ou seja, há uma preocupação em expressar a língua conforme uma gramática vigente. Uma forma de análise é a correção de textos segundo a norma gramatical.
O foco de estudo de um Linguísta, baseia-se em descrever a língua de um ponto de vista científico, ou seja, tenta explicar e descrever as diversas estruturas que compõem uma língua e as diversas formas de analisá-la.
Ambos os papeis são muito importantes e muito respeitáveis na sociedade, cada um contribui com seus estudos para construção e explicação dos fenômenos relacionados com a Língua e a linguagem.



Referências:
- Anotações Minhas feitas em sala de aula;
Disciplina: Linguística no Brasil

Proposta de Atividade

Nesse tópico, destacarei algumas perguntas propostas pelo meu grupo sobre a discussão em sala de aula do texto Retrospectivas e Perspectivas da Historiografia da Linguística no Brasil de Cristina Altman da Universidade de São Paulo.
As perguntas contém alguns questionamentos do grupo sobre a apresentação dos tópicos do texto, tentando reproduzir uma espécie de diálogo entre nós (alunos de graduação) e a autora.

- Registro Histórico das Tradições Linguística:

1ª. É possível que a Historiografia privilegie alguns fatos em detrimento de outros? Quais seriam os critérios para determinar a importância de certas questões?


2ª. De que forma se pode determinar o princípio da identidade latino-americanas?

Nessa questão, podemos relacionar esse momento do princípio da identidade latino-americanas a partir do momento em que se estabelecem as línguas nacionais.

- O Registro Histórico das tradições Linguísticas Brasileiras:

3ª. A língua Tupi com estrutura latina funcionou na comunicação? Essa língua tem alguma relação com a língua geral?

-Perspectivas da Historiografia Linguística:

4ª. A historiografia linguística faz uma descrição cronológica da língua ou faz parte da perspectiva da Nova-História?

Antes de refletir sobre a questão, preciso analisar o processo da Nova-História. A Nova-História é uma perspectiva da Análise do Discurso que visa estudar os fatos históricos não levando em consideração o aspecto cronológico, ou seja, em um tempo linear. Assim, visa abordar esses fatos de uma perspectiva não cronológica, não linear.
Sobre essa questão, podemos definir que a historiografia, assim como a história das ideias e a história das mentalidades fazem parte de uma tendência da Nova-História.

5ª. Como a autora se posiciona frente a polêmica linguística no/do Brasil? Em sua opinião, por que não há uma linguística genuinamente brasileira?






Referência:
- ALTMAN, Cristina. Retrospectivas e perspectivas da historiografia da linguística no Brasil. Em: Revista argentina de historiografia linguística, 1,2,115-136, 2009

- Anotações minhas feitas em sala de aula;
Disciplina: Linguística no Brasil



domingo, 14 de março de 2010

Diferentes Concepções de História da Linguística

Há Diferentes concepções de estudo da história da linguística. Neste tópico, destacarei as quatro concepções e seus principais estudos teóricos.

- História Tradicional

Esses estudos partem da ideia de descrever os grandes acontecimentos históricos e os principais personagens que marcaram esses eventos. Assim tem a intenção de descrever e narrar esses fatos dentro de uma cronologia, ou seja, um começo, um meio e um fim.
Nos estudos da Linguística, procurou-se estudar os grandes momentos que impulsionaram o desenvolvimento dos estudos da linguagem, os grandes eventos e seus principais personagens.
Como exemplos para elucidarem minhas afirmações, destaco: O descobrimento do Brasil, a Independência do Brasil, etc. Como grandes personagens históricos, temos Pedro Álvares Cabral, Dom Pedro I, etc.

- História das Mentalidades

Nesse período há o pensamento de tentar entender o sistema de crenças e valores de uma época e grupo, ou seja, a organização das mentalidades se preocupa conforme os valores assumidos dentro de uma sociedade. Assim, encontramos em uma dada época certos valores que analisados em outro momento histórico não adquirem importância ou a mesma relevância.
As Mentalidades sofrem mudanças ao longo do tempo e junto com elas certas crenças e valores também assumem diferenças de acordo com cada período histórico. Ao contrário da história tradicional, a história das mentalidades preocupava-se em descrever pequenos acontecimentos históricos e seus personagens.
Por exemplo, encontramos a mentalidade de que o novo é melhor do que o antigo.

Na LINGUÍSTICA pensava-se que grandes escolas como o Estruturalismo abrangia um conteúdo teórico incontestável e único para todos, ou seja, durante os estudos estruturalistas pensava-se que haveria apenas conceitos universais sobre o tema e com o tempo esses estudos eram substituídos por outros conteúdos históricos como o Gerativismo, funcionalismo, etc.
Na verdade, trata-se de um sistema de valores e crenças que sustentam o modo dos sujeitos se portarem em uma sociedade. Assim, encontramos uma teoria capaz de determinar o modo de pensar dos sujeitos falantes.

-História das Ideias

É o conjuntos de ideias e representações que sustentam os sujeitos, ou seja, nesse momento encontramos não mais um pensamento único de teorias. Agora, o importante era descrever as diferentes visões de um componente teórico como o estruturalismo. Era mostrar diferentes perspectivas em torno de um movimento, de uma escola. Assim, pretende-se estudar as diferentes concepções do estruturalismo desenvolvidos por cada estudioso e considerá-las relevantes para o funcionamento desse conteúdo histórico analisado, ao mesmo tempo causando uma relação conflitiva, pois são os sujeitos que praticam as ações e fazem as interpretações de acordo com o que entenderam, ou seja, os sujeitos são participantes altamente ativos.

Exemplo: Diversos conceitos do estruturalismo em conflitos de ideias.

Na LINGUÍSTICA procura-se observar os sujeitos que interpretam e constroem seu sistema de representação a partir dos conceitos que trabalham em torno dos aspectos da linguagem.

- Historiografia

É a maneira de como a história foi escrita. Refere-se à metodologia e as práticas da escrita na História. É descrever sobre a própria HISTÓRIA em si. Podemos dizer que é uma Meta-História, ou seja, a história que explica sua própria história por meio dos acontecimentos ao longo do tempo.






-Anotações Minhas feitas em sala de aula;
Disciplina: Linguística no Brasil

LINGUÍSTICA NO BRASIL

Esse momento descreverei a ementa de meus estudos a partir do 1º semestre de 2010. Essa ementa está baseada nos princípios e diretrizes da disciplina LINGUÍSTICA NO BRASIL ministrado pelo Professor Doutor Roberto Leiser Baronas da Universidade Federal de São Carlos.

Ementa da Disciplina:

" A institucionalização da Linguística no Brasil. A história da linguística no Brasil. As escolas e os domínios da linguística brasileira."



Bons Estudos

Hipóteses do Surgimento do Português no Brasil

Há duas hipóteses para o surgimento do Português no Brasil.

Uma delas refere-se a grande heterogeneidade de línguas no período da colonização, ou seja, a grande mistura de língua dos índios, imigrantes e os próprios colonizadores. Segundo essa teoria, pensava-se que a língua portuguesa surgiu dessa interação de línguas distintas e contribuído para o desenvolvimento dessa heterogeneidade linguística. Essa hipóteses é chamada de hipótese internalista.

A Segunda hipótese é chamada de hipótese externalista, pois defende o surgimento do português derivado de Portugal, ou seja, as bases de fundamentação da língua portuguesa no brasil se desenvolveu por meio das bases de Portugal. Assim, segundo essa teoria, toda a composição do português brasileiro se deu por meio de conceitos oriundos de Portugal.




-Anotações minhas feitas em sala de aula;
Disciplina: Linguística no Brasil

sábado, 13 de março de 2010

As Fases dos estudos Linguísticos

-Fase da Pré-Linguística ou Fase Gramatical

Esses estudos desenvolveram-se no século XVI a meados do século XX. Trata-se do período da constituição das gramáticas de LÍNGUA PORTUGUESA. Esses estudos tinham a influência de uma tradição greco-latina.

-Fase da Filologia

Estudos desenvolvidos em meados dos anos de 1920. Nesse momento encontramos estudos responsáveis em dar conta de interpretar textos, manuscritos antigos voltados para um cunho literário. Não há o desenvolvimento de uma teoria evolucionista das língua ao longo dos séculos.

-Fase Dialetológica

Estudos realizados no final dos anos 20. Tinha a função de mapear todas as formas diferentes do português, sejam elas as formas escritas ou faladas no Brasil. Destaca-se nesse momento os estudos do dialeto caipira desenvolvidos pelo estudioso Amadeu Amaral.

-Fase da Crítica textual

Estudos caracterizados em meados dos anos 30 e 40. Tem a intenção de trabalhar com todo e qualquer tipo de interpretação de textos e manuscritos antigos. Nesse momento a língua é estudada por meio de uma perspectiva evolutiva ao longo dos séculos.



-Anotações minhas feitas em sala de aula;
Disciplina: Linguística no Brasil

Os Estudos da LINGUÍSTICA NO BRASIL

A Linguística é uma ciência capaz de estudar os fenômenos da linguagem verbal humana. Com isso ao longo de diferentes períodos procurou-se estudar o desenvolvimento dessa ciência como responsável em descrever e interpretar os fatos de determinadas línguas sem levar em consideração as diferenças linguísticas, ou seja, para nós linguístas não nos importamos em considerar uma língua melhor que outra, mas sim descrevê-las e interpretá-las de acordo com seu desenvolvimento em uma sociedade. Não há língua melhor que a outra. Sob um olhar de linguísta, posso afirmar que todas são importantes e todas carregam características específicas de cada sociedade; cada sujeito falante, demonstrando as diversidades de línguas que habitam concomitantemente em um território. Com isso procuramos entender o real funcionamento da linguagem dentro de uma comunidade social por meio de suas diferenças fônicas, lexicais ou até mesmo semânticas.
Não podemos esquecer de mencionar nosso ilustríssimo Ferdinand de Saussure que contribuiu para os estudos da linguística no século XX e impulsionou para o desenvolvimento de uma linguística moderna. Assim, partirei de análises considerando as influências de outros estudiosos de vários momentos da história da linguística para descrever as influências ocorridas para a construção dos estudos dessa corrente teórica no BRASIL. Destacarei a importância de alguns estudiosos brasileiros como Joaquim Mattoso Câmara Junior, na elaboração e no desenvolvimento de uma linguística moderna dentro do território nacional.



-Anotações minhas feitas em sala de aula;
Disciplina: Linguística no Brasil